quinta-feira, 19 de março de 2009

Cergral implanta projeto de coleta de material elétrico


A Cooperativa de Eletricidade de Gravatal (Cergral) preocupada com o meio ambiente e sabedora de sua responsabilidade social, implantou em 2008 o programa de coleta e armazenamento de lâmpadas a vapor de sódio, de mercúrio, metálicas, fluorescentes e incandescentes, reatores elétricos, eletrônicos, porcelanas, capacitores, baterias descartáveis, como de celular, e demais produtos elétricos altamente nocivos ao meio ambiente. A cooperativa, segundo o presidente José Grasso Comelli, instalou uma tenda de 25 metros quadrados que serve de almoxarifado para armazenamento dos materiais coletados e posterior destinação correta.
Desde que Thomaz Edson inventou a primeira fonte de luz artificial em 1789, tem sido observada uma contínua evolução tecnológica visando desenvolver lâmpadas cada vez mais eficientes, tanto do ponto de vista da qualidade da luz gerada como da eficiência energética apresentada.
As vantagens resultantes dessa evolução têm causado a crescente substituição das lâmpadas incandescentes por lâmpadas que contém mercúrio, tipo fluorescentes e as de vapor metálico, que apresentam atrativos em relação às lâmpadas incandescentes, como eficiência, vida útil e redução de consumo. Consequentemente consumidores residenciais e empresas em todo o mundo vêm sendo conquistados por este tipo de material.
No Brasil, no ano de 2000, foram comercializadas 80 milhões de unidades. Estima-se, segundo José Comelli, que devido ao apagão elétrico de 2001, este número seja o dobro atualmente. Dado da Procel relativo a 2003, dá conta de que as pessoas compravam uma lâmpada fluorescente para cada cinco incandescentes. Hoje está proporção é de uma por uma.
O mercúrio existente nestas lâmpadas, que permite a eficiência elétrica, é um metal tóxico que contamina a água, o solo e o ar, fazendo com que em muitos casos atinja os seres humanos, seja diretamente ou através da ingestão de alimentos.
A ingestão ou contato com o mercúrio causa problema no sistema nervoso, como tremores, instabilidade emocional, perda de memória, alterações musculares, dores de cabeça e perda da coordenação motora.
Por esta razão, segundo José Comelli, a legislação é muito rigorosa com o descarte das lâmpadas que contém mercúrio. A norma brasileira de 2004 classifica as lâmpadas queimadas como resíduo classe 1 tóxico.
Desta forma, segundo o presidente da Cergral, José Comelli, é necessário que os usuários façam o encaminhamento para a descontaminação e reciclagem, sendo proibido o descarte no lixo urbano comum. A Cergral, em parceria com a HG Descontaminação, desenvolveu um processo de descontaminação das lâmpadas via úmida que permite a reciclagem dos componentes sem riscos ao meio ambiente.
A Cergral está disponibilizando aos seus consumidores do município de Gravatal para que possam contribuir coletando e depositando estes materiais elétricos em um lugar seguro. A cooperativa dará destino apropriado, contribuindo, também, com a descontaminação do meio ambiente.

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